- Já levei uma bolada bonita do Dalhausser (de 2,06m). O Ricardo me passou uma orientação e quando eu olhei, só vi a bola vindo na minha cara, foi um nocaute. Não vou mentir, não existe nenhuma preocupação de não machucar as mulheres. Eles até pedem desculpas, mas soltam o braço - revelou a hexacampeã mundial Juliana, que, ao lado de Larissa, está classificada para Londres-2012.
Juntas há 7 anos, Juliana e Larissa buscam hegemonia do Desafio ao lado de Ricardo e Pedro
Apesar de ser um evento descontraído, Ricardo conta que as meninas às vezes sentem medo dos ataques mais fortes.
- A gente não vai para acertar as mulheres, mas ninguém quer perder,
então não tem essa de aliviar. E o Dalhausser acertou a Juliana logo na
primeira bola do jogo. Aí ela veio reclamar comigo: "Pô, você falou para
eu ficar tranquila, porque ele não bate forte". Mas depois as meninas
se soltaram, a Larissa fez inclusive uma linda defesa num ataque do
Dalhausser, que acabou em ponto nosso, o 14º do tie-break - disse o
campeão olímpico, relembrando o confronto de 2010, quando o Brasil
superou os Estados Unidos por 2 sets a 1 (parciais de 18/21, 21/19 e
15/11), em Serra (ES).Pedro Cunha, único estreante no Desafio, já avisou que não vai ter pena das americanas Jennifer Kessy e April Ross, dupla quarta colocada do ranking mundial.
- Teremos que passar pelo bloqueio dos homens e vai acabar sobrando para a defesa das mulheres. Não dá para aliviar contra americano, não.
Se a pancada do Dalhausser foi, digamos, inesquecível, Juliana e Larissa garantem que a de Ricardo é ainda mais potente. Portanto, é melhor que as gringas se preparem.
Pedro Cunha e Ricardo serão responsáveis pelos ataques e o bloqueio em SP
- Por mais que eles não tenham a intenção de machucar, querem sempre
ganhar e têm muita força. Nenhum de nós está acostumado à essa
modalidade, eu me sinto um peixe fora d'água. Os meninos são muito
grandes, a rede é alta (da altura oficial do vôlei de praia masculino),
nem que a gente queira dá para bloquear, mas ficamos ali motivando o
time, vibrando a cada ponto. Diferentemente da dupla, em que a gente faz
um pouco de tudo, no 4x4 cada um tem uma função: eles atacam e
bloqueiam, nós defendemos e eu faço o levantamento - afirmou Larissa.A falta de tempo e a intensidade de treinos para o início do ano olímpico impediram as duplas brasileiras de se encontrarem antes do confronto. Só haverá um treino de uma hora e meia na sexta. Nada que desanime Larissa, convicta de uma vitória verde-amarela.
- Falta um pouco de entrosamento e a nossa estratégia vai ser decidida ali mesmo. O jogo será bem disputado, mas acredito que o jeitinho brasileiro irá prevalecer. O Desafio é muito legal e as duas equipes se respeitam muito. Vamos apoiar o Ricardo e o Pedro, e eles vão proteger a gente das boladas - finalizou.
Em quatro edições do evento, Brasil e Estados Unidos somam dois títulos cada: vitória verde-amarela em 2008 e 2011, e triunfo americano em 2009 e 2010. Agora, chegou a hora do desempate. Neste sábado, a partir das 14h (de Brasília), serão realizados os dois jogos de duplas, que valem um ponto cada, com transmissão do SporTV. Já no domingo, é a vez da partida 4x4, que vale três pontos e vai definir o campeão do Desafio, ao vivo pela TV Globo, dentro do Esporte Espetacular.
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