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4 de fev. de 2012

Com estatuto alterado, cartola ruma para reeleição e fala em democracia

Quando assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jorge Lacerda tinha como uma de suas propostas de campanha a não-perpetuação de um dirigente à frente da entidade. Logo que assumiu, em 2005, conseguiu que o estatuto fosse alterado: a partir daquele momento, o chefão do tênis só poderia ser reeleito uma vez. Agora, a regra mudou. Em assembleia realizada nesta semana, em Curitiba, o estatuto da CBT voltou a permitir mais de dois mandatos. Lacerda deve continuar na presidência até 2017 e chegar a 12 anos como comandante da modalidade.

De Curitiba, onde acompanha a Fed Cup e participou da assembleia ordinária da CBT, Lacerda falou por telefone sobre as mudanças. Disse que a ideia de um terceiro mandato surgiu dos presidentes das federações e que entende a necessidade de manter o tênis organizado até pelo menos os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. O cartola ainda enfatizou que sua continuidade será uma manifestação de democracia no esporte.
- Os presidentes, no ano passado, me mandaram e-mails no fim do ano, dizendo que eu tinha de ficar até as Olimpíadas. Em cima disso, quando a gente chamou a assembleia ordinária este ano para prestar as contas, chamou também para que eles decidissem se eu podia concorrer a mais um mandato. Meu caso é bem claro. Foi específico por uma data, que é o caso das Olimpíadas. É um fator grande. Estamos num momento de fechamento dos contratos. Todo mundo que quer fechar contrato está pensando em 2016. E o primeiro questionamento do cara (patrocinador) é, até pensando nesta parte esportiva, que às vezes entra outro presidente de oposição e muda tudo. Eu tenho mandato até março de 2013. E aí foi como surgiu essa ideia, quando eu passei a pensar e aceitar. Estamos num momento bom e queremos assinar todos os contratos possíveis aproveitando esse período - enfatizou.
Todo mundo tem medo da perpetuação. Eu já sou mais preocupado com o tênis, cara. Trocar por trocar, neste momento, eu acho que era besteira"
Jorge Lacerda
A alteração no estatuto não garante um terceiro mandato a Lacerda, mas a reeleição parece uma formalidade. Como o colégio eleitoral é formado pelos presidentes de federações estaduais, os mesmos que aprovaram por unanimidade a mudança no texto escolherão o novo dirigente. Lacerda usa o processo eleitoral para argumentar que o tênis brasileiro está praticando a democracia. Além disso, garante que não tem a intenção de ver o estatuto alterado novamente em busca de um eventual quarto mandato à frente da CBT.
- Se eu tivesse essa pretensão, eu poderia ter aprovado com tranquilidade, em vez de duas reeleições, deixar aberto. Eu não quero ficar depois de 2017. Vou ficar agora porque vejo que é bom. Vou concorrer. Posso até perder a eleição. Os presidentes pediram isso. O que é o democrático? O que acha a oposição ou o que querem 26 presidentes, que são todas as federações do Brasil? Seria ditadura se não tivesse o apoio de todos os presidentes, que são eleitos em suas federações. Independentemente de CBT, pô.

Indagado sobre as críticas à sua possível permanência no poder por 12 anos (de 2005 até 2017), Lacerda acredita que o momento atual do esporte no Brasil pede continuidade.
- Todo mundo tem o medo da perpetuação. Eu já sou mais preocupado com o tênis, cara. Trocar por trocar, neste momento, eu acho que era besteira. Quem vai decidir são as federações. Ou votar em mim ou em outra chapa que se apresentar. Eu vou ser bem sincero. Eu não quero ficar (depois de 2016) e nem vou ficar.

Denúncia faz Polícia Federal abrir inquérito para investigar CBT

Ex-presidente da Federação Espiritossantense de Tênis (FET), Carlos Braga denunciou a CBT ao Ministério Público por supostamente construir um esquema que foi comparado a um caixa dois. A Polícia Federal, então, abriu inquérito para investigar o assunto.
Lacerda, que já deu explicações sobre o assunto mais de uma vez, voltou a afirmar que a manobra apontada por seu opositor não constitui fraude. Em 2006, com a CBT cheia de dívidas e contas bloqueadas pela Justiça, Lacerda estabeleceu uma parceria com o Instituto Tênis (IT), entidade catarinense sem fins lucrativos, para poder organizar torneios. Os participantes depositavam os valores de inscrições diretamente nas contas do IT, que assumia a organização dos eventos. Se as quantias entrassem nas contas da CBT, o dinheiro era bloqueado pela Justiça e utilizado para pagar os credores da entidade.
- Caixa dois? De conta registrada, que está no site? Se você entra no site institucional, você vê a prestação de contas da assembleia de 2007. Está lá. Dizem que eu estava fraudando execução. Não estou fraudando. Estou pagando as pessoas. Eu só não posso é deixar entrar na conta o dinheiro do torneio infanto-juvenil de Curitiba, e o torneio não sair porque não tem dinheiro. A gente tinha 96 títulos protestados. A gente fez um contrato com o Instituto Tênis, que era uma entidade sem fins lucrativos, e abriu contas específicas em São Paulo. Uma com o nome "infanto-juvenil", uma com "capacitação", uma com "eventos sêniors", contas específicas. O dinheiro entrava e pagava o evento. E negociamos, em paralelo, o pagamento das dívidas. Só que se você não faz um trabalho desses, fica parado. Não ia sair o evento nem ia conseguir pagar as contas porque o dinheiro de um evento não é muita coisa. Quem tem caixa dois não registra, né? Por isso que é chamado caixa dois - alega.
 

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Leonardo Müller. Imagens de tema por Kativ. Tecnologia do Blogger.