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29 de dez. de 2011

Joia 2012: 'nascido' no Olímpico, Biteco vai de tiete a esperança

Se você fosse ao Olímpico no dia 23 de novembro, veria um menino inquieto, celular à mão, ansioso para a porta da sala do departamento de futebol se abrir. Queria uma foto com Kleber, que acabara de assinar o contrato com o Grêmio. Esse era o passatempo de Guilherme Bitencourt enquanto o Gre-Nal de juniores em que atuaria não começava naquela tarde. Desde o último dia 18, no entanto, o garoto passou de fã a colega do Gladiador. Aos 17 anos, recebeu o comunicado de que subirá a serra gaúcha para a pré-temporada do grupo profissional em janeiro. Mas esqueça o seu nome. Os corredores do Olímpico só o conhecem por Biteco.
Biteco é promessa do Grêmio (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com) 
Biteco aponta para a sua segunda casa: o estádio Olímpico
Até poucos meses, pouco se falava nesse meia-esquerda de drible fácil, chute potente e apelido grudento. Sua trajetória, no entanto, referenda a impressão de talento precoce. Subiu aos juniores na metade do ano e já emplacou uma competição estadual profissional no time B do Grêmio - a Copa Laci Ughini. Ali, despontou para os menos atentos às categorias da base.
Os elogios públicos do presidente Paulo Odone e a convocação ao elenco principal deixam Biteco entusiasmado, mas jamais surpreso. Segundo o garoto, medir força com os profissionais era uma meta firmada há seis meses.
- Era uma meta minha. Coloquei isso na cabeça - conta. - Vi o caso do Leandro, que era meu colega nos juvenis, subir direto para os profissionais. Vi que havia chance para os garotos. Me motivei com isso.
Biteco e Kleber no Grêmio (Foto: Reprodução/Twitter) 
Biteco tieta Kleber
A sua relação com o Grêmio vai muito além do sonho de atuar no time principal. Não é exagero nem clichê afirmar que Biteco tem uma vida de dedicação ao clube. Praticamente, nasceu por lá. Perambula pelos corredores do Olímpico desde os seis anos.
De relacionamento fácil, conhece cada funcionário pelo nome. Passa de porta em porta sem precisar se identificar. O sorriso está sempre armado no semblante, pronto a se abrir. Vive mais tempo ali, respirando futebol entre o campo e os vestiários, do que em seu apartamento no bairro Menino Deus, bem próximo ao estádio, onde reserva tempo para se esticar no sofá e curtir um pagode, sossegado. Mora com os pais e dois irmãos mais novos, que também atuam na base do Grêmio.

Biteco passou pelo Inter. Mas só passou

Nem quando passou um ano no maior rival Biteco deixou de visitar o Olímpico. Sim, a joia da vez do Grêmio já vestiu vermelho. Em 2007, rumou ao Beira-Rio motivado pela proposta e pela companhia do amigo, “quase irmão”, Diego, levado ao Colorado pelo pai famoso, Roberto Assis. Apesar da boa estrutura, Guilherme não se adaptou. Lá, era tão somente o amigo do sobrinho de Ronaldinho. No Olímpico, não. Tinha brilho e nome próprios. Era o Biteco.
- Me arrependo de ter saído do Grêmio - reconhece. - Sempre tive moral no Olímpico. Aqui é a minha casa.
Biteco e Fernando do Grêmio (Foto: Reprodução/Twitter) 
Biteco e Fernando
Hoje, além da companhia de Diego, que atua no Porto Alegre, clube de Roberto Assis, Biteco passa boa parte do tempo com Fernando. Não deixa de ser um espelho para o guri, já que o volante também saiu da base e, em uma temporada, já se firmou entre os profissionais. Para Biteco, no entanto, seu parâmetro são outras crias da base tricolor. Segundo ele, seu estilo bate com os de Carlos Eduardo e Douglas Costa.
Além das raízes e amizades no clube, quem acompanha de perto a evolução de Biteco saúda a aplicação do garoto. Está sempre buscando melhorar. Não consegue ficar parado. Tanto que começou sua trajetória como lateral-esquerdo, depois volante pelo mesmo lado até se consolidar na armação das jogadas. O espírito coletivo também reluz entre as qualidades do jogador. Passou a maioria dos jogos dos juniores e do time B entre os reservas, numa espécie de talismã, o 12º elemento que sempre entrava no segundo tempo.
- Isso sempre o diferenciou. Talvez outros jogadores mostrassem algum tipo de descontentamento com a reserva. Nunca houve isso por parte dele. Quando entrou, sempre nos ajudou com gols - atesta Marcelo Rudolph, supervisor da categoria júnior

Contra o Pelotas, o jogo da vida
 
Foi exatamente assim, surgindo do banco de reservas, que Biteco começou a cavar espaço no grupo principal. O dia está gravado em sua mente: 26 de outubro, o time B do Grêmio enfrentava o Pelotas, fora de casa, pela partida de ida das quartas da Copa Laci Ughini. Quando Biteco pisou no campo com a camisa 16, o Grêmio perdia por 1 a 0. Saiu de seu pé esquerdo os dois gols da virada. O segundo, um golaço de fora da área.
Estava tão solto no gramado da Boca do Lobo que se permitiu devolver com humor as provocações de um torcedor mais exaltado, que, do alambrado, chegara a cuspir no gremista. O guri ainda deu sorte: a atuação de gala estava sendo transmitida pela TV para todo o estado. Estava dada a deixa para voos mais ousados.
- Essas coisas não nos surpreendem tanto (ascensão precoce de jovens). O Anderson (hoje no Manchester United), por exemplo, foi um caso semelhante de queima de etapas. Parece forçado, mas não é. Simplesmente, a categoria não era mais desafio para ele - argumenta Emanuel de Freitas, auxiliar técnico dos juniores.
Biteco é promessa do Grêmio (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com) 
Biteco vai ao Olímpico até nas férias, tudo para estar pronto para 2012
Preocupado em agarrar a chance de ouro, Biteco até dispensa as férias. Era o único jogador do Grêmio a circular pelo Olímpico na antevéspera de Natal. Fazia fisioterapia intensiva para se tratar de lesão muscular e estar pronto para janeiro. Até porque não passa pela cabeça de Biteco ser coadjuvante na pré-temporada.

- Penso em aproveitar a oportunidade e jogar. Vou brigar de igual para igual.
Não duvide de Biteco. Afinal, ele está à vontade. No Grêmio, se sente em casa.


> Ficha técnica
Biteco no Grêmio (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
Guilherme Bitencourt - Biteco
Posição: meia-atacante
Nascimento: 12 de março de 1994, em Porto Alegre
Altura: 1m72cm
Peso: 65 kg

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Leonardo Müller. Imagens de tema por Kativ. Tecnologia do Blogger.