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23 de jul. de 2012

Estraga Prazeres: Grêmio vence Botafogo na estreia de Seedorf

Vitória graças a um passe precioso, de primeira, saído de um camisa 10 de passagem marcante pelo futebol europeu. Seedorf? Não: Zé Roberto. Botafogo? Não: Grêmio. Em sua estreia com a camisa alvinegra, o craque holandês fez aquilo que era possível e viu aquilo que não queria. O Tricolor gaúcho, com gol de Marcelo Moreno após assistência do ex-jogador da seleção brasileira, venceu por 1 a 0 no Engenhão e mostrou ao astro estrangeiro que o campeonato que ele começou a disputar agora é dos mais complicados.
- A gente não merecia perder esse jogo. Foi em um lance muito estranho que o Grêmio fez o gol. Mas foi um jogo muito equilibrado. A torcida foi fantástica com a gente, o time jogou para ganhar, a gente procurou tirar o melhor, mas não deu. Para a próxima, é trabalhar mais, eu principalmente para entrar em melhor forma - afirmou o holandês na saída de campo.
Seedorf agradou. Mas encarou um adversário muito forte. A atuação do Grêmio foi tão sólida quanto é sua participação no Brasileiro. Com a vitória, o time de Vanderlei Luxemburgo subiu para 21 pontos, na quarta colocação - sete atrás do Atlético-MG, líder da disputa. O treinador procurou manter a serenidade após a terceira vitória consecutiva:
- Estou contente pela vitória, a segunda fora de casa contra equipes que brigarão por algo, mas não vou comemorar nada na 11ª rodada. Sabemos que é muito precoce qualquer afirmação mais incisiva de campeão. Hoje são poucos pontos que separam os primeiros. Só quando tivermos dois terços disputados saberemos alguma coisa mais real. Temos uma decisão na quarta-feira. Estamos no páreo para brigar na parte de cima.
O gol de Marcelo Moreno saiu na largada do segundo tempo, depois de uma primeira etapa muito parelha e de boa atuação de Seedorf, principal vetor do Botafogo na saída ao ataque. O holandês foi mais discreto no período final. Não conseguiu levar o Alvinegro a uma reação e foi substituído aos 24 minutos por Rafael Marques. Com a derrota, a equipe comandada por Oswaldo de Oliveira fechou a rodada na oitava colocação, com 17 pontos.
Os oponentes deste domingo voltam a campo na quarta-feira. O Botafogo tem clássico contra o Vasco no Engenhão, às 20h30m, e o Grêmio recebe o Fluminense às 21h50m.

Seedorf Botafogo x Grêmio (Foto: André Durão / Globoesporte.com) 
Seedorf vai bem, mas vitória é do Grêmio no Engenhão (Foto: André Durão /Globoesporte.com)
 
  Olhos em Seedorf


Se o Botafogo teve alguns problemas no primeiro tempo, e teve, é certo que não foi por culpa de Seedorf, assim como é visível que teve o dedo do Grêmio nisso. Os 45 minutos iniciais foram equilibrados, com o domínio das ações dividido de forma quase matemática. A empolgação pela estreia do holandês não foi sinônimo de supremacia para os cariocas. O time gaúcho apresentou a organização que o caracteriza nos últimos jogos. Foram dois ossos duros de roer, um de cada lado.
Seedorf foi bem. E esse “bem” pode receber um “muito” antes dele se for feita a ressalva de que a temporada, para o meio-campista, começou de fato neste domingo. Ele foi vertical: esteve na defesa e no ataque. Marcou e foi marcado. Distribuiu passes e foi desarmado. Acima de tudo, foi ativo.
Mas esteve muito longe de abalar o Grêmio. Com dois minutos, a equipe de Vanderlei Luxemburgo quase jogou um balde de água com cubos de gelo em cima da empolgação alvinegra. Tony acionou Leandro na área. Jefferson salvou. Pouco depois, Pará também teve boa chance, mas se enrolou dentro da área. E Leandro voltou a incomodar mais tarde, ao fazer fila na zaga adversária e novamente parar em Jefferson.
O Botafogo não ficou passivo. E reagiu via Seedorf. Que se observe a reincidência da presença do camisa 10: foi ele quem cobrou o escanteio para cabeceio de Elkeson para fora; foi ele quem bateu colocado, mas sem grande ameaça para Marcelo Grohe, que encaixou a bola em paz; e, acima de tudo, foi ele quem passou reto por Gilberto Silva e mandou na cabeça de Elkeson, que bateu torto na bola, mais com o nariz do que com a testa, para fora.
Ainda no primeiro tempo, a dificuldade habitual do Brasileirão deu boas-vindas a Seedorf. E outros problemas viriam na etapa final.

Marcelo Moreno gol Grêmio (Foto: Wallace Teixeira / Ag.Estado) 
Marcelo Moreno comemora o gol no início do segundo tempo (Foto: Wallace Teixeira / Ag.Estado)
 
Zé Roberto rouba a noite de Seedorf

Seedorf balão Engenhão Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com) Não demorou para ruir a esperança de vitória do Botafogo no segundo tempo. Logo na largada do período, foi o Grêmio que pulou na frente. Elano acionou Zé Roberto dentro da área. O meia não se preocupou em dominar: deu sequência à jogada direto, de primeira, para Marcelo Moreno. O atacante completou para o gol.
Impossível classificar como injusta a vitória gaúcha. E impossível dizer que o Botafogo não batalhou pela reação. Teve diferentes chances. Vitor Júnior bateu cruzado, e Marcelo Grohe defendeu. Elkeson arriscou de longe, e a bola ainda desviou no marcador antes de encontrar o travessão gremista.
Oswaldo se viu obrigado a mexer no time. Primeiro, colocou Andrezinho no lugar de Fellype Gabriel, improdutivo em campo. Depois, tirou Seedorf. O holandês saiu aos 24 minutos, muito aplaudido pela torcida. Deu lugar a Rafael Marques.(Veja o gol no vídeo ao lado)
O Botafogo seguiu no ataque. O Grêmio tentou criar um escudo em seu sistema defensivo, mas correu riscos. Léo Gago que o diga. Ele tirou de cima da linha uma bola desviada de cabeça por Rafael Marques - que representaria o empate na partida.

Os minutos finais foram de pressão. O Grêmio se segurou como foi possível. E garantiu os três pontos que o mantiveram no G-4.

Opinião:                               

É óbvio que seria precipitado (e cruel) qualquer conclusão sobre a entrada de Seedorf no Botafogo. Mas os 70 minutos com o veterano meia holandês em campo diante de um adversário jogando com intensidade e ritmo de competição deixam reflexões:
- As características de Seedorf não casam com a função de meia central em um 4-2-3-1. Apesar de ser forte, o rendimento de costas para o marcador, fazendo pivô para volantes e meias pelos flancos, costuma cair. Após quinze minutos praticamente sem tocar na bola, ele passou a recuar pela esquerda, alinhado a Renato à frente de Lucas Zen. Movimentação semelhante à de Deco no Fluminense em muitos jogos. Pode ser boa referência;
- Assim como as aparições pela esquerda, alternando com Fellype Gabriel. Por ali o camisa dez fez sua melhor jogada, chegando ao fundo e centrando para Elkeson cabecear torto para fora;
- Porém ainda parece temerário reunir Seedorf e Renato em um setor que exige bom toque, mas também dinamismo e agilidade para marcar e fugir do forte bloqueio dos adversários. Na estreia funcionou apenas em alguns momentos. Na maior parte do tempo, Lucas Zen ficou sacrificado no combate e Vitor Júnior, Elkeson e Fellype Gabriel isolados na frente. Só com a entrada de Andrezinho na vaga de Fellype Gabriel o meio-campo teve ligação mais constante com o ataque;
- Com Lucas e Marcio Azevedo ainda enfrentando dificuldades no posicionamento defensivo, Oswaldo de Oliveira precisa encontrar soluções para tornar o time mais sólido e organizado sem a bola. Ou investir na manutenção da posse de bola, com trocas de passes curtos e ocupação do campo de ataque para que o time seja menos ameaçado.
Mas é dever também reconhecer os méritos do Grêmio de Vanderlei Luxemburgo. Time experiente, que não se deixou intimidar com o clima de festa no Engenhão e apresentou um desenho tático inédito no repertório do treinador, com moderna execução.
O tricolor gaúcho, de início, se defendeu com duas linhas de quatro. No meio-campo, Elano e Zé Roberto fechavam os flancos, Souza e Fernando bloqueavam a entrada da área, negando espaços a Seedorf e Renato no centro. Leandro voltava para colaborar, sempre por um dos flancos acompanhando o lateral, e deixava Marcelo Moreno à frente.
Com a bola, Elano mantinha o posicionamento aberto à direita, mas Zé Roberto ganhava liberdade para circular pelo campo e servir os atacantes. Algo próximo de um 4-2-2-2 tipicamente brasileiro. Dinâmica muito semelhante à do Manchester City de Roberto Mancini, campeão inglês.
O gol único do jogo foi mais que simbólico: inversão de jogo de Elano, assistência de Zé Roberto aberto pela esquerda para Marcelo Moreno concluir com precisão. Terceira e última finalização certa do Grêmio, contra sete do Bota.
Mas o grande destaque gremista foi a eficiência da dupla de volantes. Ou autênticos meias centrais, marcando e jogando. Fernando confirmou a ótima fase – é o quinto melhor passador do campeonato e 13º em desarmes (Footstats) – e Souza cresceu com o novo posicionamento.

Seedorf iniciou como meia central no 4-2-3-1 alvinegro, depois recuou pela esquerda e alternou com Fellype Gabriel em alguns momentos; Grêmio defendendo no 4-4-2 e atacando numa espécie de 4-2-2-2, com Zé Roberto ganhando liberdade para circular e armar as jogadas.

As três vitórias depois da chegada de Elano são animadoras, mas o time ainda precisa de ajustes. Quando Zé Roberto centralizava, Pará – depois Anderson Pico, que entrou na vaga de Tony – ficava abandonado pela esquerda e Elano e Leandro embolavam pela direita.
No final, as entradas de Marquinhos e Léo Gago nas vagas dos exaustos Elano e Zé Roberto fizeram o time perder força nos contragolpes, também pela contusão de Leandro que foi para o sacrifício, e sofrer enorme pressão do Bota, que partiu para o “abafa” com Rafael Marques – substituto de Seedorf e curiosamente posicionado inicialmente à esquerda, deixando Elkeson centralizado – e Willian no lugar de Lucas Zen. Na melhor oportunidade, Léo Gago salvou sobre a linha desvio de Rafael Marques.

 
O 'abafa' alvinegro no final que acuou o Grêmio, que perdeu velocidade e fluência com Marquinhos,
Léo Gago e o recuo de Leandro, no sacrifício.

Decepção para a torcida alvinegra, mas é possível evoluir, encontrar a melhor forma de encaixar Seedorf e voltar a lutar na parte de cima da tabela.
Mas agora terá no Grêmio um rival de peso. Mesmo com a volta de Kléber, Luxemburgo pode e deve investir no 4-4-2 “híbrido”: duas linhas sem a bola e time mais solto nas ações ofensivas. Receita moderna e eficiente para seguir vencendo.

Notas do autor:
Grohe - 8
Tony - 4
Vílson - 6,5
G.Silva - 7,5
Pará - 5,5
Fernando - 6
Souza - 7
Elano - 7
Zé Roberto - 7
Leandro - 6
Moreno - 7

Luxemburgo - 7

ENTRARAM

Pico - 5,5
Gago - 6,5
Marquinhos - Sem Nota

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