As recentes vendas do lateral-direito Mário e do goleiro Victor
ajudaram a encerrar um capítulo de dificuldade financeira na história do
Grêmio. Com os R$ 24 milhões arrecadados, a direção conseguiu quitar o
pagamento do ‘condomínio de credores’. A partir de agora, o clube gaúcho
não deve nenhum centavo em reclamações trabalhistas a ex-jogadores e
ex-treinadores ou cíveis a investidores.
O fato merecerá comemoração. A partir das 10h desta quarta-feira, o
presidente Paulo Odone comandará uma cerimônia com presença de demais
integrantes da direção e do advogado do Sindicato dos Atletas, Décio
Neuhaus. Desde 2005, o clube parcelou uma dívida de cerca de R$ 50
milhões.
- Quando criamos este programa, no ano da Série B, vivíamos uma época
de penhora de renda de jogos. Era horrível. A ideia era resolver em
cinco anos, porém, precisamos de alguns a mais (sete, no total). Agora,
finalmente, posso dizer que eu ou outro presidente administrará apenas
um Grêmio. Antes, eram três: o do passado, o do presente e o do futuro.
Quitamos o passado e o futuro está aí com a Arena – contextualizou o
presidente.
Claro que a ideia contou com a parceria dos credores. Eles aceitaram o
parcelamento em troca da retirada das ações da Justiça. No total, cerca
de 100 reclamantes foram divididos em três grupos. Cada um recebia
percentual de venda de jogadores.
- Em um país em que os dirigentes de futebol não cumprem a palavra,
este exemplo do Grêmio é sensacional. O clube reconheceu a dívida e
criou um mecanismo para pagá-la. Está de parabéns – disse Décio, o
advogado que representou cerca de 30 atletas no processo.
O programa contou ainda com dois anos de administração do ex-presidente Duda Kroeff.
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