Caio Júnior acredita que forte pressão influencia lado psicológico dos jogadores

Na vitória por 1 a 0 sobre o São Luiz nesta quinta, o técnico Caio Júnior acredita que o grande número de chances perdidas pelos jogadores do Grêmio tem a ver com a forte pressão por conta do começo irregular da equipe no Gauchão. Segundo o técnico, a "atmosfera negativa" em torno do time gera uma cobrança acima do normal para um grupo em início de temporada.

— Nós tivemos 18 situações de gol. Tivemos um penalti perdido, um outro que o juiz não deu e grandes defesas do adversário. É muito difícil, gera muito desgaste. Acho que o lado psicológico influenciou bastante. Se cria uma atmosfesra negativa em começar mal o campeonato. Isso gera uma pressão acima do normal em jogadores que ainda não estão em forma e que tem uma responsabilidade muito grande em vestir a camisa do Grêmio — conta.


O técnico também viu no pênalti perdido por Kleber aos 27 minutos do primeiro tempo uma situação que mudou o comportamento dos jogadores dentro de campo. Entretanto, encara com naturalidade as turbulências no começo do trabalho a frente do comando do Grêmio.

— Acho que até o pênalti gerou um certo nervosismo. Mas cumprimos uma etapa hoje, muita coisa vem acontecendo. Uma reformulação está sendo feita, é um trabalho sério. Já fiz muitos na minha carreira e agora responsabilidade é muito grande. Estou empenhado 24 horas por dia em acertar e fazer o melhor pelo clube e nós estamos no caminho certo — disse, para completar:

— É claro que o torcedor não ficou satisfeito. Foi 1 a 0, um jogo em que sofremos um pouco no final e alguns torcedores até vaiaram. A gente entende perfeitamente. Mas vocês podem ter certeza que teremos um time muito competitivo, que vai lutar por todos os títulos. Mas precisamos de um pouco de tempo.

Caio Júnior também pretende adotar o mistério para o Gre-Nal do próximo domingo, a partir das 19h30min, no Estádio Olímpico. Segundo o técnico, a vitória sobre o maior rival dará mais confiança ao grupo para encarar o restante do Gauchão.

— Para domingo, não vou abrir nada. Gre-Nal é guerra. A gente sabe como funciona, me formei dentro dessa casa e sempre tive grandes clássicos. Acho que é o maior jogo do futebol brasileiro. vamos fazer de tudo para jogar uma grande partida e passar mais uma etapa nesse campeonato — diz.