Um brasileiro barrou a ascensão de Souza no Porto, de Portugal.
Contratado em 2010, o volante que chega segunda-feira ao Olímpico
sofreu, desde então, a concorrência do brasiliense Fernando Régis. Sem
espaço, teve atendido seu pedido para ser negociado com o Grêmio.
Destaque
na liga portuguesa e na conquista da Liga Europa, Fernando Régis só não
deixou o Porto em 2011 porque teve sua multa fixada em 30 milhões de
euros. Se tivesse saído, abriria caminho para Souza, cria das categorias
de base do Vasco e recebido como craque.
Atual diretor-executivo
do Fluminense, Rodrigo Caetano conserva uma boa imagem do novo reforço
gremista durante a passagem dois dois pelo Vasco. Em 2009, o volante
participou da campanha que fez do clube de São Januário campeão da Série
B. Só não atuou em mais jogos por precisar servir à seleção brasileira
no Mundial Sub-20 daquele ano. Na equipe derrotada por Gana na decisão
em cobrança de pênaltis, Souza tinha a companhia dos colorados Dalton e
Toloi, de Giuliano, que quase veio para o Olímpico, e Maylson, entre
outros.
— No Vasco, ele era mais segundo volante. Às vezes,
atuava até como terceiro homem do meio-campo. Tem passadas largas. Bate
bem na bola — descreve Caetano.
A volta do argentino Lucho
González ao Porto foi outro sinal para que o carioca Souza, 23 anos
completados neste sábado, 1m88cm, fizesse as malas e retornasse ao
Brasil. Depois de ser pretendido pelo Inter, Lucho deixou o francês
Olympique e retornou ao clube português que já havia defendido em 2009.
— Souza
precisaria de mais tempo para se adaptar. Mas o treinador não apostava
nele. Quando Lucho chegou, ele pediu para sair — relata a jornalista
portuguesa Isaura Almeida.
O radialista português Nuno Martins vê
qualidades em Souza e lamenta que ele tenha sido contratado justamente
para o setor em que o Porto é mais forte. Como atua no esquema 4-3-3, a
equipe lusa necessita de um volante com maior aptidão para o combate,
caso de Fernando Régis.
— Souza é mais técnico, sai mais para o jogo — explica o radialista.
Nuno
recorda de um gol que define como “fantástico” marcado por Souza contra
o Genk, da Bélgica, pela Liga Europa. Foi um chute de fora da área, que
abriu uma vitória.
— É um bom jogador, de potencial. É novo, precisa jogar — entende Nuno.
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