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12 de fev. de 2012

Inter se reafirma como o time mais argentino do Brasil

Se algum colorado sentar na arquibancada do Beira-Rio vestindo a camiseta azul da Argentina ninguém reagirá. Pelo contrário. É bem possível que ele receba tapinhas nas costas. Por que o Inter, vermelho até a medula, se rendeu ao azul celeste dos argentinos. Virou embaixada hermana em Porto Alegre.
Neste domingo contra o Caxias, o meio-campo só não será em espanhol porque Dátolo ficará de fora — a legislação limita a três o número de estrangeiros por clube. Com o quarteto, o Inter virou o clube mais hermano do Brasil.


Há uma República Argentina no Beira-Rio. O cordobés Pablo Horácio Guiñazu, aliás, é o presidente. D’Alessandro até pode ser o primeiro-ministro, o que comanda em campo. Mas a cadeira de presidente é de Guiñazu. Por mérito. É o volante quem cuida dos assados e prepara o mate com erva importada do Uruguai.

— O "churraco" é com o Guiña. Ele é quem assa e cuida de tudo — entrega Bolatti, fazendo coro ao que já havia revelado D’Alessandro.
Guiñazu caminha para sua quinta temporada no Inter. Trocou a grelha da parrilla pelos espetos do churrasco. D’Ale revela que a carne sai da melhor qualidade. É Guina também quem ceva o mate no Beira-Rio e nas viagens. Está sempre com a mateira a tiracolo. Na ida para Manizales, a cuia alouçada branca rodou pelas mãos do volante, de Bolatti e de D’Alessandro na viagem de 16 horas.
— Uso espeto, fenômeno. Sou que asso. E o mate também é comigo. Faço tudo, o Bolatti é que não faz nada — brinca Guiñazu, antes de soltar uma sonora gargalhada.
Guiña e Bolatti são os típicos cordobeses, famosos na Argentina por fazer piada de tudo o tempo todo. Bolatti, embora mais tímido, é um sujeito divertido, de riso fácil. Solteiro, o volante mora sozinho no bairro Higienópolis. Na sexta-feira, saiu apressado do Beira-Rio para buscar os pais no Aeroporto Salgado Filho. Na ausência deles, Guiñazu é o grande parceiro. Quando a agenda permite, os dois disputam renhidos jogos de tênis no condomínio de Guiñazu. Que também é o de D’Alessandro, no Três Figueiras.
O sucesso e a adaptação de D’Ale e Guiñazu viraram referência para quem chegou depois. Em 2010, havia Pato Abbondanzieri. No ano passado, vieram Cavenaghi e Bolatti. Cavenaghi e D’Ale são amigos desde guri, da base do River Plate, e vizinhos no condomínio no Tigre, vizinho a Buenos Aires. Bolatti havia jogado com D’Ale na seleção. Antes de vir da Fiorentina, ligou para o meia. Ouviu as melhores referências e assinou na hora.
O mesmo se passou agora com Dátolo. O meia havia atuado na seleção com Bolatti. Já sabia do sucesso dos compatriotas a uma hora e meia de voo de Buenos Aires. Trocou sem pestanejar as margens do Mediterrâneo pelas margens do Guaíba.
— Foi importantíssimo encontrar três grandes companheiros aqui. O Cabeção, o Guiña e o Mário são trabalhadores, grandes pessoas. Eles me fazem sentir em casa — revela Dátolo, a última importação hermana.

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Leonardo Müller. Imagens de tema por Kativ. Tecnologia do Blogger.